“Sorri. Vais Ser Partilhada” alerta para o crime de revenge porn contra mulheres

A Amato Lusitano – Associação de Desenvolvimento (ALAD) promove a campanha “Sorri. Vais Ser Partilhada.” no âmbito do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. A partir do dia 25 de novembro, a prática grave e violenta de “revenge porn” e os consequentes danos emocionais e sociais da partilha não consentida de imagens e vídeos íntimos serão abordados pela disponibilização de informações digitais e visuais na cidade de Castelo Branco.

Entre os dias 25 e 29 de novembro, o Paços do Concelho exibirá lona, estrutura e placas ligadas ao mote da campanha, com explicativo e acesso à campanha digital. Alguns materiais de sensibilização serão distribuídos à comunidade albicastrense, em formato de fotografias polaroid, a reforçar a problemática e expor a gravidade da partilha não consentida de imagens íntimas.

A campanha irá também abranger a comunidade escolar, através da colocação de cartazes nas escolas secundárias dos Agrupamentos do Concelho de Castelo Branco, onde estudantes poderão aceder, através de um QR Code, à campanha digital completa com todo o conteúdo disponível, incluindo recursos legais e formas de denunciar os abusos.

Em parceria com a Câmara Municipal de Castelo Branco (CMCB), pretende-se alertar para a urgência dessa questão, que se tornou mediática com a divulgação da existência de grupos nas redes sociais onde ocorre a partilha de conteúdo íntimo, sem o consentimento das pessoas envolvidas. Um desses grupos online tem mais de 70 mil homens e é consultado todos os dias, comunicou a associação albicastrense.

A culpa atribuída à vítima de “revenge porn”, por parte da sociedade, também será alvo de desmistificação na campanha “Sorri. Vais Ser Partilhada.” A conotação negativa que a sociedade confere à pessoa que é exposta, leva à desresponsabilização do agressor, colocando essa responsabilidade na vítima e dificultando o pedido de ajuda desta última, por sentimentos de medo ou vergonha.

É inegável a associação desta partilha de conteúdos íntimos com a violência de género, uma vez que atinge sobretudo mulheres, reforçando a continuidade dos preconceitos associados à desigualdade entre homens e mulheres, afirmou a ALAD em comunicado.

No sentido de dar continuidade ao caminho que tem sido percorrido em prol da defesa e segurança das mulheres e para que qualquer forma de violência contra as mesmas seja erradicada, estarão patentes informações úteis à campanha nas redes sociais da ALAD, entidade gestora da Estrutura de Atendimento, Acompanhamento e Apoio Especializado a Vítimas de Violência Doméstica (EAVD), através da implementação do Plano Municipal para a Igualdade e Não Discriminação (PMIND).

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