A cidade da Covilhã viu, no dia 3 de setembro, a inauguração de mais uma residência estudantil da Royal Prime, a “Tower Residence”, um investimento de cerca de 22 milhões de euros com 267 estúdios para estudantes, descrito por João Pedro Alegria como “um verdadeiro hotel para estudantes”.
Com a quarta residência a inaugurar na Covilhã, a Royal Prime acumula, desde 2018, um investimento de mais de 34 milhões no concelho vizinho de Castelo Branco, disse à imprensa local João Pedro Alegria, um dos responsáveis da empresa.
Próximo à Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, o “Tower Residence” dispõe de 267 estúdios mobilados, com cozinha e casa de banho privativa, além de espaços comuns e serviços úteis à rotina universitária que visam “concentrar a vida do estudante num só espaço”.
As instalações da residência incluem piscina de água quente, jacuzzi exterior, ginásio, biblioteca, cinema, sala de jogos, sala de eventos, lavandaria, bar exterior, mercearia, reprografia, estacionamento com carregamento para veículos elétricos. Os serviços de limpeza das áreas comuns, receção 24h e WiFi também integram o condomínio.
A alta procura por estes espaços é evidente, segundo João Pedro Alegria, responsável pelo empreendimento, que destaca a taxa de ocupação próxima de 100% nas suas residências e a pouca rotatividade dos estudantes.
A partir de fevereiro de 2025, a Covilhã terá mais uma unidade da Royal Prime a ser inaugurada também na rua Mário Soares, com mais 137 unidades de alojamento.
No próximo ano, a Covilhã passa a dispor de um total de 660 unidades de alojamento para estudantes com este novo empreendimento. A oferta aumentará significativamente com a inauguração da quinta residência do mesmo grupo na cidade.
O investimento representou a criação de cerca de 20 novos postos de trabalho, além das contratações no período de construção, reportou João Pedro Alegria aos media locais.
O presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, enalteceu este investimento como sendo “bem-vindo”, sublinhando a importância de diversificar a oferta de alojamento para estudantes na cidade.
Embora reconheça que a nova residência não seja acessível a todas as bolsas, defende que a sua existência “reforça a oferta que já existe na Covilhã”. O autarca manifestou ainda a necessidade de mais investimentos nesta área, considerando que esta nova residência pode servir de “mote” para atrair outros investidores.
O reitor da Universidade da Beira Interior (UBI), Mário Raposo, destacou a importância deste tipo de alojamento para atrair mais estudantes, tanto nacionais como internacionais, para a Covilhã.
O número de quartos públicos também precisam de aumentar, reconheceu o reitor, sublinhando as dificuldades em obter financiamento para este tipo de projeto. O investimento do PRR destinou-se à requalificação de residências já existentes, justificou.
Ainda este ano, Mário Raposo afirma que o Estado vai financiar 49 camas, que serão protocoladas com residências privadas, para acrescentar na oferta de alojamento académico.