O distrito de Castelo Branco está em risco máximo de incêndio nos próximos dias. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) alertou para as condições meteorológicas de vento forte e temperaturas elevadas entre os dias 15 e 18 de setembro, levando à declaração de Situação de Alerta em todo o território do Continente.
O acesso, a circulação e permanência no interior de floresta, matos e pastagens estão proibidos, assim como a realização de queimadas e queimas, trabalhos nos espaços florestais e nos demais espaços rurais com recurso a maquinaria. O uso de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos, independente da forma de combustão também está proibido, alertou o Ministério da Administração Interna ontem, dia 15 de setembro.
A declaração está em vigor até às 23h59 de amanhã, dia 17 de setembro, face ao risco de incêndio Elevado, Muito Elevado e Máximo previsto pelo IPMA em grande parte do território continental. Durante este período, todas as autorizações que tenham sido emitidas tanto para queimadas e queimas de sobrantes, quanto para artefactos pirotécnicos estão suspensas
Há exceções às proibições. Os trabalhos de cuidado essencial do animal, relacionados à alimentação e à saúde estão permitidos. De igual modo, regas, podas, colheita e transporte de culturas agrícolas estão autorizadas, desde que sejam essenciais e inadiáveis e ocorrem em zonas de regadio, sem florestas, matas ou materiais inflamáveis e sem perigo de ignição.
As forças de segurança e proteção civil, assim como as equipas de emergência médica e agentes florestais do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) foram mobilizados.
Desde sexta-feira, 13 de setembro, a Guarda Nacional Republicana está a reforçar o patrulhamento direcionado à prevenção de incêndios. Desde o início do ano, a Guarda deteve 26 pessoas por crime de incêndio florestal e registou mais de 5 mil incêndios rurais, que resultaram em mais de 15 mil hectares de área ardida.
As principais causas do total de incêndios investigados pela GNR são o uso negligente do fogo (28%), o incendiarismo (25%), acidentes de transportes e comunicações (13%). Cerca de um quarto das investigações não aponta causas determinadas e, de forma menos comum, reacendimentos (4%), causas naturais (1%) e causas estruturais (1%), no âmbito da caça e do uso do solo, também resultam em incêndios.