Projeto europeu discute como a arte pode dinamizar a paisagem e o turismo sustentável

O primeiro de três seminários do projeto europeu “Entre Serras – Europa Criativa” aconteceu em Castelo Branco, no passado fim de semana. De 19 a 22 de julho, parceiros de Portugal, Espanha e França debateram questões relacionadas com a “Arte, Paisagem e Turismo Sustentável”, no âmbito do programa Europa Criativa, na Fábrica de Criatividade.

Lançado em 2017, o Projeto Entre Serras (PES) criou uma rede de arte contemporânea entre entre agricultura e biodiversidade e os vários agentes locais de comunidades em Portugal, Espanha e França, que questiona “as interações humanas com os meios humanos e animais nos territórios de montanha”, segundo a descrição do projeto no sítio web. A seguir Portugal, os demais países que constituem o projeto acolhem os próximos seminários até 2025.

O arranque aconteceu na sexta-feira, 19 de julho, dia do quinto aniversário da Fábrica de Criatividade, onde fez todo o sentido ser, afirmou Fábio Ramalho, diretor do espaço, conforme noticiou a Rádio Castelo Branco (RACAB)

A partir deste encontro, foi possível “melhorar e absorver o que se faz de melhor na Europa”, destacou o diretor da Fábrica de Criatividade. Aqueles que passaram e integraram o seminário “têm para ensinar aos que cá estão”, acrescentou.

O seminário “Arte, Paisagem e Turismo Sustentável” foi também uma oportunidade de dar a conhecer Castelo Branco, “uma terra de artistas”, conforme destacado por Fábio Ramalho, diretor da Fábrica da Criatividade, na notícia da RACAB.

Os territórios envolvidos no PES têm problemas em comum sobre os quais o seminário pretendeu focar-se, como o despovoamento, explicou Carlos Casteleira, coordenador do Projeto Entre Serras, na cerimónia de abertura e inauguração da exposição.

A reflexão proposta durante os quatro dias de atividades foi de pensar “como é que a arte pode ser um instrumento suplementar para criar dinâmicas” no âmbito do turismo sustentável, explicou Carlos Casteleira. O intuito é auxiliar cidades como Barcelona e Lisboa, onde estão a decorrer manifestações contra “turismo excessivo”, afirmou.

O debate do seminário foi dinamizado pelos parceiros do projeto, que desenvolveram um conjunto de ações para o programa. João Abreu, do Instituto Politécnico de Lisboa, disse que estes encontros são “essenciais” e que se aproximam da sociedade local, avançou a RACAB.

O representante do Instituto Politécnico de Lisboa acrescentou que esta foi uma oportunidade para os territórios como Castelo Branco se possam “reinventar”, assim como “ter uma capacidade diferenciadora” para atrair pessoas.

Nesse sentido, o presidente da Câmara concordou que estes encontros são “importantes”, de forma a valorizar quem participa e os territórios. Leopoldo Rodrigues acrescentou que “mais que um projeto entre serras, é um projeto entre três países”, conforme noticiou a RACAB.

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