Os apicultores produziram 71 toneladas de mel este ano nos concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão. Face a 2022 e 2023, quando registaram-se 49 e, depois, 34 toneladas, o balanço é positivo, “fruto do trabalho e da resiliência dos apicultores e da associação”, referiu a presidente da Meltagus – Associação Apicultores Parque Natural Tejo Internacional.
“Nunca tivemos resultados tão positivos”, exclamou Odete Gonçalves durante a apresentação do balanço da campanha de 2024, de acordo com a Rádio Castelo Branco. O crescimento de mais de 50% em comparação ao ano passado na produção de mel acompanha também o da cera. O subproduto cresceu de 9,4 toneladas para 16 mil este ano. De pólen, foram extraídas quase duas toneladas.
O setor do mel passou pela pior crise em 40 anos, com quebras estimadas em 80% pela Federação Nacional de Apicultores (FNA) em junho de 2023, em decorrência da seca que atingiu todo o país em 2022, segundo noticiou o ECO.
Os números são importantes para a região, quer a nível económico, quer a nível ambiental, destacou a presidente da Meltagus, demonstrando o esforço e a resiliência dos apicultores após a crise, assim como o contributo das condições climáticas para o bom funcionamento das colmeias.
Pela primeira vez, a Central Meleira de Castelo Branco funcionou em dois turnos para dar resposta à demanda dos apicultores e dos 343 associados da Meltagus, noticiou a Rádio Castelo Branco.
A estrutura municipal “afirma-se como um polo importante na dinamização do setor”, referiu o presidente da Câmara de Castelo Branco, presente na conferência de imprensa, segundo a Rádio Castelo Branco. Gerida pela própria associação, a Central Meleira está à disposição dos apicultores para os serviços de extração de mel, triagem e secagem de pólen, processamento de própolis e ceras até ao embalamento e rotulagem dos produtos.
O município albicastrense também tem mantido um papel de apoio no combate à Vespa-asiática, espécie predadora das abelhas, reforçou Leopoldo Rodrigues.