A aprovação do primeiro doutoramento da história do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) por parte da Comissão de Avaliação Externa (CAE) da A3ES – Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior motivou o voto de louvor concedido pelo Executivo Municipal, na última reunião pública do dia 21 de junho.
Luís Correia propôs o voto de louvor, referindo que “este é um marco muito importante não só para o Instituto Politécnico de Castelo Branco, mas também para o concelho de Castelo Branco”.
O pedido feito pelo vereador do Sempre ocorreu logo em seguida à aclamação feita pelo vice-presidente da Câmara de Castelo Branco, Hélder Henriques, ao IPCB pela criação do Doutoramento em Sustentabilidade Agro-Alimentar e Ambiental, avaliado pela própria A3ES como inovador.
“É um projeto desafiante, é um projeto importante também para a nossa região no setor alimentar, que é um setor importante do ponto de vista económico”, referiu Hélder Henriques durante a sessão.
Definido pela própria Comissão de Avaliação Externa como “muito importante e inovador no sistema de ensino português”, o Doutoramento em Sustentabilidade Agro-Alimentar e Ambiental é fruto de uma parceria do IPCB com os Institutos Politécnicos de Coimbra e Viseu, em cooperação com o Instituto Politécnico de Santarém, referiu a instituição albicastrense em nota.
A oferta formativa inédita no instituto, que concede o grau de doutor a profissionais de elevado nível, tem o objetivo de formar competências para apoiar o desenvolvimento de áreas rurais em regiões vulneráveis face às alterações climáticas e socioeconómicas, como a Região Centro de Portugal, avançou o politécnico.
O curso será lecionado nas Escolas Superiores Agrárias de Castelo Branco, Coimbra e Viseu, e na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, contando com a cooperação da Escola Superior Agrária de Santarém.
Para o Presidente do IPCB, António Fernandes “a aprovação do primeiro Doutoramento do IPCB é um marco importante para a história da instituição, e reforça de forma inequívoca a capacidade do IPCB para o desenvolvimento académico e científico do território onde se insere”.
A nova formação também simboliza a capacidade científica do IPCB, além de elevar o prestígio e a competitividade a nível nacional e internacional e de fortalecer “a ligação entre o ensino e as organizações, públicas e privadas, e reforçando, ainda mais, as redes de cooperação onde se insere”, afirmou António Fernandes em comunicado enviado ao CB Notícias.
Os Politécnicos de Castelo Branco, Coimbra e Viseu, com a colaboração do Politécnico de Santarém, passam assim a fazer parte de um grupo alargado de instituições do subsistema politécnico que, a partir de setembro, ministram doutoramentos.
O relatório de avaliação da CAE aponta como pontos fortes desta proposta de curso de doutoramento a “designação atrativa que identifica uma temática atual e relevante nas suas dimensões científica e social, constituindo-se como oferta inovadora no sistema de ensino superior português”, “o plano de estudos, o elenco de unidades curriculares e os seus conteúdos” e “a capacidade científica, a experiência e os meios para o desenvolvimento de atividades de investigação”, nomeadamente “a qualidade do corpo docente” nas áreas de conhecimento do novo ciclo de estudos.