O Costa? Não! Para mal, prefiro um avião!

Depois de ter sido obrigado a pedir demissão na sequência da Operação Influencer levada a cabo pelo Ministério Público, onde – não é somenos recordá-lo – foram encontrados 75.800,00€ em notas de cinquenta e de vinte no escritório de Vítor Escária, então chefe de gabinete António Costa, como se tivesse subitamente tornado num desígnio nacional, muito se tem falado da hipótese do ex-primeiro-ministro vir a ser nomeado presidente do Conselho Europeu, o que lhe permitiria retomar o percurso político abruptamente interrompido. 

O problema é que António Costa não tem competência para desempenhar nenhum cargo ou função de responsabilidade, demonstrou-o ao longo dos oito anos em que esteve à frente dos comandos do país.

Evidencia-o o estado calamitoso em que ficaram a generalidade das instituições e dos serviços públicos, a começar pelo Serviço Nacional de Saúde que tem problemas de toda a natureza, as forças de segurança que nunca evidenciaram tanta revolta, as escolas que nunca tinham tido uma tão grande sucessão de greves, umas vezes convocadas pelo STOP e outras pela FENPROF, os problemas financeiros da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, outrora absolutamente próspera e solvente.

Mostra-o o consenso há muito firmado na sociedade portuguesa sobre a necessidade de fazer uma reforma profunda na justiça, de que Costa nunca quis ouvir falar.

É por isso importante perguntar para que nos serve ter à frente do Conselho Europeu um português, se ele não tiver capacidade para desempenhar condignamente o cargo, algo absolutamente relevante numa ocasião em que os desafios que se colocam à Europa são gigantescos.

Costa não é obviamente um zero à esquerda, mas também não é um estadista, não é um líder nem um homem de ação. Empapa, contemporiza, adia porque sabe que todas as decisões geram crítica e debate. Por isso, há muito que decidiu não decidir.

Esteve oito anos no governo mas no fim, se quisermos espremer o limão da obra feita, se falarmos em reformas, poder de compra ou qualidade de vida, não há lá sumo.

A ser hábil ou mestre em alguma coisa, no caso de António Costa, só se for em oportunismo, cinismo, teimosia e hipocrisia.

Depois de ter deixado o António José Seguro pagar a fatura da governação de José Sócrates e da vinda da Troica, quando lhe “cheirou” que o PS poderia voltar a ganhar eleições em consequência das medidas que o governo da altura teve de tomar para Portugal sair da banca rota, apressou-se a tomar-lhe o poder socialista.

Conseguiu-o, foi a eleições legislativas, mas, em vez de ganhar, perdeu, tendo sido por isso que correu a trazer para dentro do arco da governação o Bloco de Esquerda e o PCP, ambos consabidamente extremistas, defensores confessos de algumas das mais brutais ditaduras existentes, contra a Europa e contra a NATO.

A fatura, essa, quem a pagou fomos todos nós. 

Começou com os 2.894 milhões de euros injetados na TAP – 2.894.000.000,00€, são muitos zeros – tudo por uma causa muito singela, a cegueira ideológica.

Quase três mil milhões de euros de dinheiro dos impostos que todos pagamos e que o estado nunca conseguirá recuperar.

E também foi no governo de António Costa que essa mesma TAP pagou 500.000,00€ de indemnização a uma administradora para ela aceitar ser despedida, foram no governo dele as revoltas contra as concessões da exploração do lítio, foi com ele que o SEF foi extinto sem terem sido acauteladas as consequências, que a segurança social passou a levar anos para aprovar alguns processos de reforma, que a carga fiscal aumentou assustadoramente, que nunca houve tanta falta de habitação, que se agravaram as assimetrias regionais.

Foi no governo de António Costa que a maioria de nós continuou a perder poder de compra.

Com ele o Portugal perdeu 8 anos com chico-espertices, indecisão, conversa fiada, teimosia e campanhas publicitárias.

Falta a António Costa, de forma evidente, coragem, capacidade e liderança para presidir ao Conselho Europeu.

Por isso, se a maioria de nós continuar a gostar da Europa, é melhor ir outro!

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