O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) investiu 140 mil euros em novas estações de trabalho para o Laboratório de Processamento de Imagem Médica e Dosimetria Clínica. Essa aquisição representa um marco importante na formação de futuros profissionais e na pesquisa em diagnóstico por imagem e radioterapia.
As seis novas estações de trabalho estão equipadas com o sistema Xeleris IV, uma plataforma avançada de Medicina Nuclear que permite o processamento de uma variedade de imagens médicas, como SPECT, PET/CT e PET/RM. Essa tecnologia de ponta possibilita a realização de diagnóstico e seguimento de patologias em todos os órgãos do corpo humano, auxiliando no diagnóstico de diversas doenças, comunicou o IPCB.
Com essa nova tecnologia, será possível combinar diferentes tipos de imagens médicas e identificar com precisão os órgãos e lesões do paciente. Isso permitirá calcular a quantidade exata de radiação administrada em cada região, otimizando os tratamentos.
Os estudantes terão acesso a ferramentas avançadas para analisar detalhadamente as imagens e os dados obtidos, desenvolvendo habilidades essenciais para a interpretação de imagens fisiológicas e metabólicas e dos dados quantitativos resultantes do processamento.
Além de fortalecer a formação dos alunos, o novo laboratório impulsionará a pesquisa em áreas como a dosimetria, ou seja, o cálculo da dose de radiação absorvida pelo paciente durante um tratamento. Essa área de estudo é fundamental para otimizar os tratamentos e minimizar os efeitos colaterais.
O presidente do IPCB, António Fernandes, visitou o Laboratório de Processamento de Imagem Médica e Dosimetria Clínica junto a diversos representantes académicos, incluindo docentes da área científica de Imagem Médica e Radioterapia.
O IPCB prevê a instalação de sete estações de trabalho adicionais, que permitirá ao laboratório integrar novas atividades na área da radioterapia. Entre elas, destacam-se a segmentação de estruturas anatómicas e volumes de interesse com ferramentas de última geração; o registro e a fusão de diversas modalidades de imagem médica utilizadas em radioterapia; e a realização de cálculos dosimétricos de baixa e alta dose, tanto para braquiterapia quanto para radioterapia externa com diferentes tipos de radiação. Além disso, o laboratório poderá implementar ferramentas de controlo de qualidade, registo e gestão de dados clínicos, impulsionando a investigação avançada em radioterapia.