Desde a formação do orfeão até os grandes bailes na antiga sede, a história do clube foi relembrada durante a celebração do 120º aniversário, que reuniu a comunidade albicastrense para assistir aos adufes da USALBI e ao Orfeão de Castelo Branco no largo São João.
Presidente há um ano, Pedro Pereira, é um dos dirigentes mais jovens de associações em Castelo Branco. Assume que “a equipa é pequena”, mas declara que o primeiro objetivo está “antes de tudo, em renovar a casa”, durante as celebrações oficiais no dia 10 de abril.
A história do Clube de Castelo Branco cruza-se com o desenvolvimento artístico dos bairros centrais do município. O clube “já foi muito grande e já foi muito pequeno” , conta Pedro. Na década de 90, “neste mesmo espaço onde estamos agora, tinha concertos de bandas locais, de Castelo Branco, da região, do distrito, do país e inclusive do estrangeiro” relembra o presidente, assumindo que a instituição “abandonou a vertente artística no início dos anos 2000”. Os espaços de ensaio estiveram encerrados por cerca de dez anos.
Hoje, o saldo do relatório de contas da associação é positivo, segundo a administração. A maior parte dos custos foram pagos através de apoios destinados pela Câmara Municipal e pela Junta de Freguesia de Castelo Branco. Como exemplo da dificuldade na gestão de recursos, a administração cita que a instituição paga 800 euros de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) por ano, enquanto os sócios pagam um euro por mês. “A conta não fecha”, declarou-se durante as celebrações oficiais.
Ainda assim, “toda a vertente artística do clube” foi reativada, afirma o presidente do clube. As cinco salas disponíveis para uso no edifício estão ocupadas atualmente. Bandas albicastrenses utilizam quatro salas para ensaios e a quinta sala abriga o atelier da Natacha Gomes, artista plástica e tatuadora local.
O salão de espetáculos também foi reequipado com uma nova estrutura de som para a realização de concertos, um projeto de mais de três anos do clube. A aparelhagem foi posta à prova nas noites de sexta-feira e sábado, com a atuação das tunas académicas ESARTUNA, EACB e TUSALD e das bandas albicastrenses The Halfzeimers, A Stone In Your Shoe e Maybeetomorrow na esplanada do largo São João.
Isabella Cavalcanti, jornalista do CB Notícias.