No primeiro trimestre de 2024, não houve melhora na sinistralidade de atropelamentos, que encerrou, em 2023, 18 registos na cidade de Castelo Branco, segundo o relatório de segurança pública. A Câmara Municipal, através da Proteção Civil, junto à PSP e aos Bombeiros, promoveu uma ação de sensibilização para orientar os peões e condutores aos cuidados na via pública durante a tarde de ontem, 21 de maio, nos semáforos das Tílias.
De janeiro a março deste ano, a PSP registou sete atropelamentos com seis vítimas, das quais duas resultaram em feridos graves e quatro em feridos ligeiros. Apenas um acidente resultou em danos materiais. Comparativamente ao ano anterior, houve o aumento de um atropelamento e de um ferido grave, segundo o relatório do Comando Distrital de Polícia de Segurança Pública de Castelo Branco.
A maioria dos atropelamentos registados em fevereiro incluiu trotinetes, afirmou Amândio Nunes. Segundo o comandante da Proteção Civil de Castelo Branco, “os fones nos ouvidos e a atenção para os telemóveis promovem, muitas vezes, atropelamentos”, o que exige a responsabilidade tanto dos peões, quanto dos condutores, para evitar os acidentes, alerta o comandante.
A campanha enfatiza que “num atropelamento existem sempre duas vítimas, não queira ser uma delas”. A proposta é realçar que “para quem causa o atropelamento há também situações complicadas, em termos emocionais e em termos da nossa consciência, quando nos confrontamos com uma situação de acidente e, sobretudo, quando estes acidentes resultam em vítimas, sejam feridos, sejam vítimas mortais”, refere Leopoldo Rodrigues, presidente da Câmara de Castelo Branco.
Com a recente execução de projetos de mobilidade na cidade, como as Binas e o apoio à aquisição de bicicletas, o presidente espera ver a diminuição do uso de automóveis, em virtude de uma maior diversidade na oferta de meios de transporte. Ao mesmo tempo, assume que “isto não é uma alteração que se faça de um dia para o outro, é necessário criar novos hábitos de mobilidade, novos hábitos de vivência da cidade”.
Durante a campanha de sensibilização, Amândio Nunes notou que muitos peões atravessaram a passadeira sem sair do trotinete. O comportamento correto, segundo o comandante, “é libertar a trotinete e atravessar a passadeira com o trotinete de lado, respeitando os sinais de sinalização para os peões e as boas regras de conduta de atravessamento de passadeiras”.
Em conversa com a PSP, Leopoldo esteve a analisar melhorias a ser implementadas “ao nível da sinalização e da própria localização de algumas passadeiras que, muitas vezes, se encontram à entrada e à saída das rotundas”. Estas são algumas medidas que serão levantadas junto a especialistas com o objetivo de diminuir o número de atropelamentos, afirma o autarca.