Orçamento da Câmara Municipal de Castelo Branco para 2024
Do orçamento para 2024 no montante de 68.102.719 euros, sobressaem as despesas correntes no montante de 43.450.367 euros que representam 64%, e as despesas de capital / investimento no montante 24.156.352 euros, que representam 35%, do valor do orçamento.
Orçamento da Câmara Municipal de Castelo Branco | ||||||||
anos | correntes | capital | total | |||||
receitas | despesas | % orç. | saldo | receitas | despesas | % orç. | orçamento | |
2014 | 32.740.781 € | 21.967.200 € | 36% | 10.773.581 € | 27.828.669 € | 38.602.250 € | 64% | 60.569.450 € |
2015 | 35.671.858 € | 21.997.100 € | 44% | 13.674.758 € | 14.543.276 € | 28.218.034 € | 56% | 50.215.134 € |
2016 | 36.733.834 € | 21.286.129 € | 32% | 15.447.705 € | 12.397.209 € | 27.844.914 € | 42% | 66.053.543 € |
2017 | 36.475.388 € | 20.574.875 € | 43% | 15.900.513 € | 11.073.219 € | 26.973.732 € | 57% | 47.548.607 € |
2018 | 36.264.562 € | 22.322.800 € | 47% | 13.941.762 € | 11.413.116 € | 25.354.878 € | 53% | 47.677.678 € |
2019 | 34.409.895 € | 25.059.824 € | 54% | 9.350.071 € | 11.945.291 € | 21.295.362 € | 46% | 46.355.186 € |
2020 | 36.383.194 € | 27.795.327 € | 54% | 8.587.867 € | 14.700.369 € | 23.288.236 € | 46% | 51.083.563 € |
2021 | 41.360.008 € | 31.031.948 € | 52% | 10.328.060 € | 18.631.890 € | 28.959.950 € | 48% | 59.991.898 € |
2022 | 40.754.954 € | 37.779.517 € | 57% | 2.975.437 € | 25.642.603 € | 27.877.040 € | 42% | 66.397.587 € |
2023 | 44.600.461 € | 43.982.124 € | 59% | 618.337 € | 29.862.752 € | 30.001.089 € | 40% | 74.474.213 € |
2024 | 44.200.710 € | 43.450.367 € | 64% | 750.343 € | 23.901.009 € | 24.156.352 € | 35% | 68.102.719 € |
Deste quadro dos últimos 10 orçamentos, o valor global do orçamento de 2023 relativamente ao de 2024 desceu 6.371.494 euros, mas as despesas correntes mantiveram-se, sendo a redução das despesas de capital / investimentos, 5.844.737 euros, praticamente todas do lado do investimento / obras. Destaca-se os anos de 2014 a 2018, sendo Presidente Luís Correia, onde as diferenças entre as receitas e despesas correntes são em todos os anos num montante superior a 10.000.000 euros, e as despesas de capital / investimento são superiores às despesas correntes.
Se compararmos com o ultimo ano completo do Presidente Joaquim Morão, 2012, as despesas correntes totalizaram 19.263.056 euros e as despesas de investimentos / obras no montante de 56.246.717 euros, praticamente triplicaram as despesas correntes.
Estes orçamentos privilegiaram claramente o investimento / obras, com um controle muito apertado das despesas correntes.
O Orçamento para 2024, tal como o de 2023, privilegiam as despesas correntes, algumas necessárias ao bom funcionamento da Câmara, mas muitas outras não passam de festas, festinhas e comemorações de marketing político. Contribuía mais para o desenvolvimento do Concelho, outro tipo de despesas correntes, como seja a constituição de um gabinete de captação para instalação de empresas no Concelho, à semelhança da parceria da Câmara da Covilhã com a Universidade da Beira Interior e o Parkubis. Veja-se os investimentos anunciados nos últimos meses para a cidade da Covilhã, o Hospital da CUF com um investimento de 40 milhões de euros, o SANA Hotel com um investimento de 30 milhões de euros, e o da Fábrica de Diamantes com um investimento de 400 milhões de euros.
O valor reduzido dos investimentos do orçamento de 2024, tal como o de 2023, traduz a não prioridade em obras, tendo com principal objeto as despesas correntes.
Podem alguns defender, que as grandes obras no Concelho estão realizadas, pelo que não se torna necessário tanto investimento em infraestruturas, o que somente parcialmente corresponde à realidade.
Podem outros defender, que as necessidades dos Albicastrenses são mais de carácter social, o que também somente parcialmente corresponde à realidade.
Os 10 últimos orçamentos descritos no quadro traduzem obras e eventualmente despesas de carácter social muito superiores ao do Orçamento de 2024.
O Concelho necessita de muitos e os mais variados investimentos, mas não sendo objetivo deste editorial a sua descrição, podemos a título de exemplo descrever como um investimento virtuoso o Fluviário de Mora, que com um investimento de cerca de 5 milhões de euros recebe cerca de 50.000 visitantes por ano.