Há, pelo menos, dois pisos da Residência de Estudantes da Fundação Calouste Gulbenkian, na Rua Príncipe Perfeito, ocupados com “espólio documental” do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI). A presença dos documentos é o fator que impede o avanço da obra de requalificação e posterior devolução do alojamento aos estudantes, revelou o presidente da Câmara de Castelo Branco em resposta ao vereador Jorge Pio, na passada sexta-feira, 19 de julho, durante a Reunião Pública.
Um novo local para arquivar esta documentação já foi encontrado. O presidente da Câmara, Leopoldo Rodrigues não especificou o destino exato, mas garantiu durante a explicação, que “neste momento, já encontramos um local para arquivar esta documentação e será transportado da residência Calouste Gulbenkian para este local, de modo a que se possa dar sequência àquilo que são os nossos objetivos relativamente a esse espaço”.
O anúncio de intervenção no espaço foi feito em outubro de 2023 por Leopoldo Rodrigues, que optou pela requalificação da antiga Residência de Estudantes Calouste Gulbenkian no lugar de construir uma nova residência por ser “mais rápida e com menos custos para o município, no que respeita à execução da obra”, segundo noticiou a Gazeta do Interior no dia 4 de outubro do passado ano.
Para os vereadores do SEMPRE – Movimento Independente (MI), Luís Correia e Jorge Pio, “o espólio do Ministério da Educação não é justificação para não se ter feito a obra”, uma vez que transcorreram nove meses desde o anúncio da requalificação.
Assim como o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) viu aprovada a candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para construção e renovação de duas residências, os vereadores de oposição cobraram o atual executivo por não ter apresentado candidatura para potenciar a oferta de residências de estudantes em Castelo Branco.