Distrito tem 711 terrenos sinalizados por falta de limpeza

A Guarda Nacional Republicana (GNR) registou 711 fogos rurais sinalizados por falta de gestão de combustíveis, prática obrigatória de limpeza de matos e arvoredos pelo menos numa faixa de 50 metros em redor das habitações isoladas e de 100 metros em redor dos aglomerados populacionais em espaços rurais, conforme o último balanço provisório da fase de prevenção e sensibilização da campanha Floresta Segura 2024, divulgado no dia 4 de junho.

Castelo Branco é o quinto distrito com o maior número de sinalizações por falta de limpeza de terrenos. Leíria, Viseu e Coimbra posicionam-se em primeiro, segundo e terceiro lugar, respetivamente no ranking de irregularidades sinalizadas na gestão de combustíveis, apresentando números entre 837 e 2441 fogos.

Número de sinalizações por distrito em 2024 (*até 31 de maio)
DISTRITO2024*
Aveiro616
Beja365
Braga639
Bragança271
C. Branco711
Coimbra837
Évora85
Faro290
Guarda257
Leiria2441
Lisboa246
Portalegre71
Porto230
Santarém788
Setúbal410
V. Castelo358
Vila real404
Viseu1233
TOTAL10252
Balanço provisório da Fase de Prevenção e SensibilizaçãoFloresta Segura 2024, divulgado no dia 4 de junho pela GNR.

As sinalizações resultam de mais de 17 mil ações de patrulhamento, realizadas pela GNR com o empenho de mais de 43 mil militares em todo o território nacional durante a fase de prevenção e sensibilização para a limpeza de terrenos.

Até o dia 31 de maio, a GNR promoveu 4 428 ações de sensibilização, alcançando 76 052 pessoas com o objetivo de evitar comportamentos de risco, sensibilizar para a importância de adoção de medidas de autoproteção e uso correto do fogo por parte da comunidade.

No mesmo período, a Guarda registou mais de 500 crimes de incêndio florestal, tendo sido efetuadas 16 detenções e identificados 131 suspeitos. Os crimes de incêndios reduziram significativamente em relação ao período homólogo de 2022 e 2023, quando foram registados 1 894 e 1 790 crimes respetivamente.

“As queimas e queimadas são as principais causas de incêndios em Portugal”, alerta a Guarda. Por isso, “a realização de queimadas, de queima de amontoados e de fogueiras é interdita sempre que se verifique um nível de perigo de incêndio rural «muito elevado» ou «máximo», estando dependente de autorização ou de comunicação prévia noutros períodos”.

Nesse sentido, a GNR acrescenta que “para evitar acidentes, siga as regras de segurança, esteja sempre acompanhado e leve consigo o telemóvel”.

A GNR está a atuar preventivamente e a reforçar o patrulhamento nas áreas florestais para proteger as pessoas e os bens, como uma das prioridades estratégicas no âmbito dos incêndios rurais. Através do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR), a GNR atua na prevenção, pré-supressão, supressão e socorro e no pós-evento, realizando a investigação das causas, empenhando militares e guardas florestais da estrutura do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) e da Unidade de Emergência Proteção e Socorro (UEPS), ambas da GNR.

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