O Polvo Socialista

O país acordou na passada terça feira, com a noticia de que o polvo da corrupção socialista tinha atingido os seus mais altos lideres. Surpresos? Talvez, para aqueles que aterraram esta semana no planeta Terra, ou insistem em viver de olhos vendados e orelhas tapadas.

Os sinais eram mais que muitos, há muito tempo, e apenas se agravaram desde que o dito polvo se achou a governar com total impunidade, leia-se maioria absoluta. A soberba do quero posso e mando, que temos visto agravar-se ao longo dos últimos oito anos, apenas atingiu esta terça feira mais um ponto de climax. Será o ultimo? Veremos. Eu penso que não.

Vale a pena pensar que todos os primeiros-ministros socialistas dos últimos vinte anos, todos, estão envoltos em acusações de corrupção. Todos.

Mas os putativos corruptos estão todos do mesmo lado e nas outras áreas politicas nacionais são todos santos? Obviamente que não. E é importante que nos partidos com responsabilidade no chamado arco do poder, se faça o respectivo trabalho de casa para que “pela boca não morra o peixe”. Para bom entendedor.

Tenho o maior respeito por diversos socialistas de geração anterior à minha, que acreditaram, talvez com ingenuidade, que a ideologia socialista é a que melhor serve os interesses e o bem estar de uma população. Já no que respeita à minha geração e a dos que vêm a seguir, mais novos, nem por um nutro esse respeito.

Em Portugal, socialismo deixou de significar uma ideologia politica (ao contrário da social democracia, em que muitos ditos socialistas dizem publicamente que se reveem), para passar a significar carreira, emprego, cunha, tacho, sobrevivência, etc…. Tenho a certeza que a enciclopédia Luso-brasileira tem mais exemplos.

São muitos anos de poder, e o poder corrompe… alguns. Como já vimos. Leia-se as declarações no jornal SOL, do passado 3 de Novembro, em que Henrique Araújo, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, diz que, e cito “…A corrupção está instalada em Portugal. Isto não é uma simples percepção, é uma certeza”. O presidente do STJ. Isto diz-vos alguma coisa? Pois. A mim também.

E chegados aqui pensemos. O polvo fica só pela capital? Claramente que não. Tem tentáculos que se estendem bem pelo país fora e chegam a muito lado. Às regiões do sul, do norte e do centro. Ao interior e mais concretamente a este pedaço de mundo, a Beira Baixa, onde diariamente tentamos fazer a nossa vida.

Há uns tantos que, por aqui, não dormem o sono dos justos desde terça-feira. Fazem bem em andar preocupados. A olhar por cima do ombro. Quiçá a limpeza cá chegue.    

Paulo Moradias

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