Recentemente, a apresentação do livro “Mamã, quero ser um menino!”, de autoria de Ana Rita Almeida, que aconteceu no centro cultural Raiano, em Idanha-a-Nova, foi interrompida por gritos de “acabou!” e “deixem as crianças em paz!”. O momento em que a associação Habeas Corpus, do ex-juiz Rui Fonseca e Castro, invadiu o evento foi filmado (como já é hábito) por uma das pessoas que assistia à apresentação. A segurança do evento também tentou travar os membros da “Habeas Corpus”, mas sem sucesso, tendo estes prosseguido, empunhando uma bandeira de Portugal e gritando através de um megafone. Se houve violência efetiva? Claro que não! Haveria violência sim, mas mental, se obrigassem as crianças a ler esse ou outros livros do género…
De imediato, a GNR, que já estava no local, retirou a autora da sala…porquê? Correu algum risco? Ameaçaram-na? Não…mas parece que para alguns, são mais “sensíveis” as palavras de confronto com a realidade, que a dor de pauladas…
Esta não é a primeira vez que esta associação invade apresentações de livros “supostamente” infantis. O mesmo aconteceu em junho, durante a apresentação de um livro da autoria de Mariana Jones, que parece que tem o estatuto de vítima devido a supostas ameaças e intimidações de que é alvo desde outubro por causa do livro “O Pedro gosta do Afonso”… Mais um livro “infantil”, portanto… Mas estarão a gozar??? Não se trata de nada de homofobia nem de nada do género, por muito que queiram conotar com isso! Simplesmente trata-se de tentativas descaradas e despudoradas de doutrinas crianças que ainda estão em idade de aprender sobre o que é certo ou errado e sobre como tomar decisões! E esta meia dúzia de “iluminados com o arco-íris”, acham-se no direito de se sobreporem à educação e desenvolver normal das crianças e de as tentarem “formatar” às preferências e ideais desses adultos que eles sim, parecem crianças!
Curiosamente, Cerca 50 signatários, entre associações, editores e livreiros, escreveram às ministras da Justiça e da Administração Interna onde manifestam preocupação e indignação por “ataques de elementos da Habeas Corpus e do partido de extrema-direita Ergue-te a escritoras de livros infantojuvenis e a bibliotecários, à leitura tranquila numa biblioteca pública e a apresentações de livros e debates”. Ora….ataques??? QUAIS??? Alguém atacou alguém? NÃO!
Os subscritores pedem à ministra da Administração Interna que tome “medidas urgentes para impedir a continuação destes incidentes graves e para garantir a segurança e a liberdade de qualquer cidadã(o)”.. Ou seja, para esta gente, só existe liberdade se for para seguir as suas ideias que muitos consideram desviantes para a educação de uma criança!
Os 50 subscritores recordam que, “além dos ataques verbais, num intento claro de boicote aos livros, às suas autoras e ao seu público”, os elementos de extrema-direita (???) “têm invadido e desrespeitado a privacidade das autoras” (que neste contexto, se quem não concorda com elas é de extrema-direita então elas serão se extrema-esquerda, certo?). “Procurando criar um clima de medo e insegurança, intimidam com berros e insultos, calúnias e mentiras”. Mentiras? Calúnias? Quais??? Defender uma opinião divergente à dessas autoras é calúnia? Estão a querer dizer que só há liberdade se for para concordar “ipsis-verbis” com o que elas dizem? Mas…não estamos num estado de direito? Esses 50 signatários afirmam ainda que, como “agentes culturais e agentes educativos”, têm “o dever de defender” a “efetivação dos direitos sociais e culturais” consagrados na Constituição da República Portuguesa, nomeadamente a liberdade de expressão e de pensamento, de se informar e de ser informado, “sem impedimentos nem discriminações”. Recordam ainda que, de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, estes direitos “não podem ser impedidos ou limitados por qualquer tipo ou forma de censura”. Pois é…então se dizem isso, estão-se a contradizer a si próprios! Pois estão a querer simplesmente proibir a liberdade de expressão de quem pense de forma diferente!
Os subscritores recomendam ainda a “livrarias, bibliotecas, feiras de livros e outras entidades organizadoras de eventos públicos” para “apresentar queixa às autoridades sempre que o seu espaço for invadido e a liberdade, segurança e conforto dos seus clientes e utilizadores forem postos em causa”. Apelam ainda aos cidadãos “para que se mantenham informados e atuantes”. Ou seja, apelam a uma nova “PIDE” de “esquerda” e que use Arco-Íris em vez de lápis azul! Muda a cor mas a forma de atuar será a mesma, é isso? E têm a distinta lata de dizer que “Não podemos deixar que a censura, a perseguição e a intimidação voltem a fazer sombra sobre livros, autores e leitores”. Pois… Só será censura da boa se tiver a cor do arco-íris… Se for para racionalmente lhes tentar explicar que, o que adultos fazem dentro de quatro paredes só a eles diz respeito e ninguém tem o direito de criticar é completamente diferente de doutrinar crianças para as preferências “arco-íricas” de alguns adultos, é simplesmente errado…então, na falta de argumentos, quem pense diferente é rotulado de extrema-direita…e a censura do arco-íris da extrema esquerda já é tolerável… Haja pachorra! Se querem respeito, respeitem também a liberdade e maneira de pensar dos outros! E acima de tudo, RESPEITEM as crianças!!!!
Nuno Duarte M. Figuinha
Respeitem as Crianças e os Jovens! Não incentivem a marchas LGBT… Somos livres! Vivam felizes se palhaçadas!
Nem mais!