Cluster Aeronáutico de Castelo Branco está a levantar voo

Há um “ambiente de cluster” a consolidar-se no Aeródromo de Castelo Branco, após a realização da primeira reunião entre entidades e empresas do setor aeronáutico do município. No dia 18 de novembro, formalizou-se a ligação entre os agentes locais, públicos e privados, assim como o compromisso para preparar os próximos passos da “expansão da Indústria Aeronáutica” na região.

O novo Cluster Aeronáutico de Castelo Branco surge em ligação ao mais importante cluster português do setor. O AED Cluster Portugal une as indústrias da Aeronáutica, do Espaço e da Defesa à procura de complementar as atividades exercidas nas diferentes regiões do país.

“Ao juntar esses players todos, acabamos por conseguir dinamizar cada um desses três setores, usufruindo da transversalidade que há entre estes associados”, explicou um dos gestores da AED, Mario Rodrigues, ao CB Notícias.

Em Castelo Branco, “se houver uma ideia clara e uma motivação forte de desenvolvimento do aeródromo”, a AED propõe-se a “ajudar a potenciar esta ideia, seja com ligações dentro do Cluster, com outros municípios ou universidades, e criar aqui pontos de ligação também para o exterior”, concluiu Mario Rodrigues.

Integrar as autarquias a esta rede de desenvolvimento do setor aeronáutico é também um dos objetivos do Cluster AED. Ao colocar em contacto os municípios associados que possuem aeródromos, como Ponte-de-Sôr, Portimão e Castelo Branco, pretende-se promover complementaridade.

“Um aeródromo estar a competir com os mesmos serviços que outro a 200 km, em termos da aviação, é uma competição que não faz sentido e todos perderão”, sublinhou o gestor do setor da Aeronáutica do Cluster AED.

Associada há poucos meses ao cluster nacional, a Câmara de Castelo Branco promoveu este primeiro encontro com o intuito de consolidar “um projeto ambicioso, que não só beneficia Castelo Branco como toda a região”, afirmou o autarca albicastrense, segundo revelou o Jornal do Fundão.

Com valências desde a área de formação profissional e de investigação, até à manutenção e à logística, as entidades que este novo cluster aeronáutico são, nomeadamente:

  • Aeroclube de Castelo Branco;
  • Dassault Aviation Business Services;
  • TRMK Services;
  • ISQ;
  • Mecalbi;
  • Dinefer;
  • CENFORTEC;
  • Airwin Portugal Flight Academy;
  • Lusofly Academy;
  • IEFP;
  • Universidade da Beira Interior;
  • Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB).

Este foi apenas o “kick-off para as pessoas se conhecerem”, referiu Mario Rodrigues, Gestor da Aeronáutica da AED, mas já “houve muita sintonia naquela sala”.

O Beiras Airshow será um dos “marcos” desta nova etapa de desenvolvimento da indústria aeronáutica na região. Para as próximas reuniões de trabalho, espera-se discutir novidades do evento, em linha com a estratégia planeada pelo presidente da Câmara, anunciou o representante do cluster.

Melhorias à vista: combustível, iluminação e o dobro de placa

Para já, “ampliar a placa para o dobro do que já existe e fazer a iluminação da pista para permitir voos noturnos” são os próximos investimentos que a autarquia prevê para o Aeródromo de Castelo Branco. Ao CB Notícias, Leopoldo Rodrigues também afirmou que está a ser preparado um concurso com fim à venda de combustível por um operador privado, “uma das lacunas” deste equipamento.

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