Os ciclistas profissionais correrão em direção à Castelo Branco para alcançar a meta da terceira etapa da “La Vuelta 24” – A Volta a Espanha em Bicicleta -, no dia 19 de agosto, em um dia exigente de mais de 190 km de percurso em condições de média montanha com partida de Lousã.
Um dos maiores eventos desportivos mundiais de ciclismo terá o palco da meta da Etapa 3 instalado na emblemática Avenida Ramalho Eanes e, no Parque Urbano da Cruz do Montalvão, estará a Fan Zone, com ofertas e atividades para os visitantes, avançou o Município de Castelo Branco nas redes sociais.
A Volta a Espanha em Bicicleta decorre entre 17 de agosto e 8 de setembro e será transmitido em direto para 190 países, com cerca de 500 milhões de espetadores, referiu Luís Castro, representante da Unipublic, agência organizadora da “La Vuelta” em Portugal, durante a apresentação da prova no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Castelo Branco, na passada terça-feira, 30 de julho.
O arranque da grande prova acontece em Lisboa, numa etapa de contrarrelógio individual até Oeiras, no dia 17 de agosto. Depois, segue com as etapas 2 e 3 saindo de Cascais e adentrando Portugal até Ourém, no domingo, 18 de agosto, e de Lousã até Castelo Branco, que será a última cidade portuguesa a receber “La Vuelta” antes das etapas em Espanha, na segunda-feira, 19 de agosto.
“La Vuelta” e a aposta no turismo para o interior
Serão 15 os municípios do Centro de Portugal que vão ter a possibilidade de ver os ciclistas profissionais a passar pelas estradas durante as três primeiras etapas da Volta a Espanha. “Vir ao interior” foi um princípio e um objetivo “inalienável”, traçado desde o início pelo secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, junto a Luís Castro, representante da entidade organizadora no país, que assegurou “grande retorno económico” e “grande capacidade promocional” aos municípios do Centro que integram a rota “La Vuelta”.
A caravana de 4 mil participantes, que acompanha a prova, esgotou a oferta de alojamento em Castelo Branco e está a esgotar nas proximidades também, conforme anunciou o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues.
“Ter mais camas disponíveis em Castelo Branco” é uma ambição para a qual tem trabalhado a atual gestão, afirmou o autarca albicastrense ao comentar o pedido de ajuda da organização para acomodar os visitantes. Leopoldo Rodrigues direcionou o assunto ao presidente do Turismo de Portugal, com quem afirmou já ter conversado sobre o assunto.
Este será “o maior evento desportivo a acontecer em Portugal” no ano de 2024 e “multiplicará fortemente o investimento feito pelas cidades por onde irá passar o pelotão”, segundo as expectativas de Luís Santos, membro da organização no território luso.
O presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal destacou a importância de todos aqueles que, “durante quatro anos, tentaram sempre, com toda a intensidade, que ‘La Vuelta’ viesse para Portugal e viesse para o Centro de Portugal”.
Raul Almeida reconheceu também o esforço feito pelos municípios por onde “La Vuelta” irá passar, assegurando que será recompensado devido ao impacto positivo na atração de pessoas para estes territórios durante os dias de prova. “A coesão territorial faz-se com estas provas e eventos a acontecer no interior do país”, acrescentou o presidente regional do Turismo do Centro de Portugal.
Presente também no Salão Nobre da Câmara de Castelo Branco, o secretário de Estado do Turismo disse que, ao receber a “La Vuelta”, “Portugal vai poder mostrar que é um país completo, que tem uma capital, uma metrópole, mas também outros territórios particularmente relevantes numa estratégia de crescimento”. O turismo, segundo Pedro Machado, tem a capacidade de promover “um país mais equilibrado”. Nesse sentido, afirma a intenção de “usar todos os instrumentos disponíveis”.