O artista Bernardo Chatillon apresenta a performance “Calipso ou a experiência do possível” nos dias 5, 6 e 7 de dezembro, às 21h30, na Fábrica da Criatividade. Em uma adaptação do espetáculo homónimo, ambos criados do desafio de pensar no quarto capítulo de Ulisses, de James Joyce, o coreógrafo dilui a fronteira entre a teatralidade e a performance com a evolução do formato da obra.
“Calipso ou a experiência do possível” explora, nesta performance, a origem de personagens e acontecimentos que surgiram na obra homónima e convida o público a imergir num espaço metempsicótico, inspirado na ideia proposta por James Joyce na qual a mesma alma pode habitar vários corpos sucessivamente, referiu o comunicado da Terceira Pessoa.
A performance reflete a evolução do espetáculo original, “como um corpo vivo, vai assumindo novas formas, novas perspetivas e novos corpos, mantendo-se fiel, ao mesmo tempo, à essência do que é a linha de pesquisa estética do artista Bernardo Chatillon”, avançou o coletivo Terceira Pessoa.
Estas transformações são parte de um processo anacrónico de aproximação do espírito da obra literária, que privilegia a força da pesquisa performativa e abre as portas para um espetáculo mutável, tanto na forma como na estrutura, a cada apresentação.
Fruto do projeto transeuropeu Ulisses, Calipso ou a experiência do possível oferece uma experiência sensorial única, na qual o sonho e o pesadelo se entrelaçam, criando um ambiente propício à introspeção e à reflexão profunda.
A entrada é livre para os três dias do espetáculo “Calipso, ou a Experiência do Possível”, na Fábrica de Criatividade.
