Ao meio do mandato, PS pede tempo à oposição em Assembleia

O Sempre – Movimento Independente questiona “a ineficiência em cumprir as promessas e a ausência de respostas” da autarquia sobre os projetos anunciados de requalificação da zona histórica e criação da Escola de Chefs. Em resposta, Leopoldo diz que “não é possível fazer tudo ao mesmo tempo” nas obras da zona histórica e que “há momento para planear, para conversar e para agir”.

Durante a Assembleia Municipal realizada no dia 29 de abril, os deputados de oposição enfatizam que os assuntos não foram esclarecidos em reuniões anteriores. Armando Ramalho, deputado do Sempre – Movimento Independente, solicita esclarecimentos a respeito do que já foi feito para a requalificação do novo centro histórico de Castelo Branco e pergunta ao presidente da Câmara Municipal se foi “colocado à apreciação pública qualquer projeto”.

Em resposta, Leopoldo Rodrigues assume que centralizou parte da campanha eleitoral no projeto do centro histórico, por considerar que há a necessidade de um “novo impulso” para a zona, e garante que o trabalho está a ser realizado. Acerca do projeto, o autarca afirma que “em devido tempo será apresentado e discutido”, uma vez que a dimensão do edificado impõe “estudos e análises”. Ainda assim, Leopoldo adianta que a intervenção nos edifícios habitacionais será feita sequencialmente por canteiros, pois “é impossível fazer tudo de uma vez”.

Ainda sobre o centro histórico de Castelo Branco, o presidente do executivo municipal cita como exemplo de ações que estão em andamento, a elaboração do projeto para requalificar o edifício que dará lugar ao Tribunal Central Administrativo Centro e o avanço nos estudos e negociações para requalificação da Igreja de Santa Maria do Castelo com apoio financeiro da Linha +Interior Turismo.

Por sua vez, o deputado do Partido Socialista, Daniel Almeida, justifica a demora na execução, apontada em críticas do Sempre, com base na mudança de projeto político de um mandato para o outro e afirma que os novos investimentos começam a se materializar a partir da segunda metade do mandato. De maneira concreta, o deputado socialista refere que “foram já reabilitados três prédios com investimento de 600 mil euros e lançado um procedimento de 190 mil euros para a reabilitação de mais um”.

Os questionamentos a respeito da Escola de Chefs também foram respondidos, tanto por Daniel Almeida, que enaltece os “quase três milhões de euros para a construção da Escola de Chefs na zona histórica”, quanto por Leopoldo Rodrigues, que esclarece as duas funções do centro de estudos gastronómicos, “criar condições para a formação e qualificação de profissionais” e “tão importante quanto este, é a inclusão dos produtos locais naquilo que é a oferta gastronómica desta e de outras regiões”.

Sobre o potencial turístico do município, o presidente da Câmara reconhece que Castelo Branco “é um território virgem”, com grande capacidade turística e ao mesmo tempo “lacunas que saltam à vista”. Entre os desafios que enxerga à frente, Leopoldo destaca que “falta-nos oferta hoteleira, falta-nos camas de hotel, falta-nos capacidade para fixar turistas”.

Isabella Cavalcanti

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